A reunião entre os rodoviários e os empresários terminou sem acordo e em confusão na manhã desta quinta-feira (2), em Salvador. Uma nova rodada de negociação acontece no dia 9 de maio.

Os rodoviários estão reivindicando 44 pontos para a categoria, que já vem discutindo o assunto desde o dia 1° de abril. Os principais são:

reajuste salarial de 4% acima da inflação
aumento de 10% no tíquete-alimentação, atualmente em R$ 25,84
integração ao metrô porque o vale-transporte deles não é aceito no sistema metroviário
cesta básica de R$ 500.
Em entrevista à TV Bahia, Hélio Ferreira, presidente do sindicato dos rodoviários, os empresários não atenderam às reivindicações propostas.

“Não abrimos mão de nenhum direito. Nós precisamos avançar na pauta dos trabalhadores. Nós solicitamos uma outra reunião”, disse o presidente, que afirma ainda que vai procurar unificar as pautas com outros sindicatos.

Ainda segundo o representante, os rodoviários vão aguardar os resultados da nova reunião para falar sobre o que pode acontecer e se haverá uma possível greve.

Antes da reunião, os rodoviários realizaram duas manifestações. A primeira aconteceu na Estação da Lapa, na segunda-feira (29), quando os rodoviários formaram uma fila de ônibus no local enquanto uma assembleia acontecia.

Já na terça-feira (30), as saídas de algumas garagens de Salvador foram atrasadas. No dia, os veículos que começariam a circular às 4h só iniciaram as viagens a partir das 8h.

Segundo Jorge Castro, que representa a empresa Integra, o impasse ocorre porque

“Propusemos quatro itens que consideramos importantes para a classe patronal. E o sindicato recusou. […] Infelizmente o que o sindicato quer é que a gente pague toda a questão do metrô e isso é impossível, inegociável e não temos condições de fazer a concessão”, contou.

IBahia