A Ladeira da Montanha completa, nesta segunda-feira (2), vinte e três dias interditada. A via foi bloqueada no dia 10 de maio após uma solicitação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), devido ao risco de queda de partes de um imóvel tombado localizado no trecho.
Desde então, as linhas de ônibus que trafegavam pela Ladeira da Montanha seguem com itinerário modificado por tempo indeterminado. No sentido da Rua Carlos Gomes, os coletivos estão utilizando um desvio extenso que passa pelas avenidas da França, Lafayette Coutinho, Reitor Miguel Calmon, Viaduto dos Reis Católicos, Viaduto Menininha do Gantois, Largo do Campo Grande, Rua Forte de São Pedro e Avenida Sete de Setembro, antes de retomar o trajeto normal.
Um ponto provisório foi instalado em frente ao Mercado Modelo para embarque e desembarque, aproveitando a baia já existente no local, que também serve aos veículos de turismo.
No entanto, a situação tem gerado insatisfação entre os usuários do transporte público. A principal queixa é quanto ao longo percurso dos desvios, que tem aumentado significativamente o tempo de deslocamento. Além disso, moradores e passageiros vêm questionando por que carros e motos estão circulando normalmente pelo local interditado, enquanto os ônibus continuam proibidos de passar.
“Se o risco é tão alto, por que veículos leves estão passando? E se não é, por que os ônibus não voltam a circular por ali?”, questionou um morador do bairro do Comércio, que depende do transporte coletivo diariamente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), agentes de trânsito e prepostos das concessionárias estão atuando na região para orientar os usuários quanto às mudanças. A Semob reforçou que é responsável apenas pela implantação dos desvios, e que a decisão de interdição foi do Iphan.
A reportagem do Bahia Informa 24 Horas procurou o Iphan para saber se já existe uma previsão de liberação da via, mas até o momento não houve retorno.