O McDonald’s é considerada a maior empresa do ramo de restaurantes fast food do mundo. Com mais de 37 mil unidades espalhadas por 119 países, a companhia fundada em 1940 segue na liderança de seu segmento, apesar da forte concorrência com outras redes do gênero.
Recentemente, a principal concorrente do McDonald’s fez uma campanha publicitária que deu o que falar nas redes sociais. No comercial, uma pessoa calçada com um sapato de palhaço e meias com as mesmas cores das usadas pelo personagem Ronald McDonald aparece comendo no Burger King.
O narrador da peça publicitária chega a fazer suspense antes de revelar que, na verdade, tratava-se de Ronald Nazário, filho do ex-jogador brasileiro Ronaldo, o “Fenômeno”: “As ofertas são tão boas que até o Ronald veio aproveitar”, diz a locução.
Porém muitas pessoas ficaram com uma questão: o que teria acontecido com o próprio personagem e mascote Ronald McDonald? A rede de restaurantes não utiliza mais o palhaço há alguns anos em suas campanhas e o sumiço dos comerciais intrigou os internautas.
Criado em 1963 por um franqueado do McDonald’s nos EUA, o personagem ganhou muita notoriedade quando foi utilizado diversas vezes em anúncios das opções infantis do cardápio e promoções voltadas às crianças durante as décadas de 80, 90 e nos anos 2000.
A aparência sempre feliz e as cores vivas cativou de imediato as crianças e fez com que cada vez mais menores de idade passassem a consumir os alimentos e brinquedos oferecidos pelo McDonald’s. No entanto, por questões de saúde, visto que o hábito não era considerado saudável, o restaurante passou a virar foco de entidades médicas e jurídicas sobre o assunto.
A solução dada pelo McDonald’s foi mudar o cardápio infantil e oferecer opções mais saudáveis às crianças. Mas, mesmo assim, a associação do palhaço com o fast food ainda gerou polêmicas no âmbito jurídico e do direito ao consumidor.
A rede chegou a ser multada diversas vezes no Brasil, sendo a mais recente em R$ 6 milhões, por publicidade abusiva à crianças. Em 2004, o McDonald’s lançou uma nova campanha, com o slogan “Amo muito tudo isso”. Foi o início da derrocada do palhaço Ronald.
Em seguida, casos de pessoas mascaradas como palhaços que assustavam pessoas nos EUA e Reino Unido também impactaram negativamente na imagem de Ronald, que caiu em desuso pela marca e acabou sendo “morto”.
Um fato curioso sobre a história do palhaço é que aqui no Brasil ele ainda é associado a Casa Ronald McDonald, que atua no atendimento e recuperação de crianças com câncer. Atualmente, este é o único vínculo que a empresa mantém com o “finado” mascote.