Subiu para quatro o número de policiais penais presos na Operação Falta Grave, na manhã desta sexta-feira (20), em Salvador. A polícia ainda apreendeu uma pistola, munições de diversos calibres, aparelhos celulares, notebooks, relógios e dispositivos eletrônicos dos alvos. Os presos são acusados de extorsão, associação criminosa e corrupção, contra internos do sistema prisional.
De acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, um dos acusados recebia pagamentos para liberar a saída dos presos em horários não autorizados. “Os presidiários pagavam a ele para poder sair do regime quando quisessem, independentemente do regramento. Então, eles saíam, voltavam muito depois ou nem voltavam. Ou seja, ele, em alguns casos, dava liberdade total aos presos submetidos ao regime”, fala.
Os quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos bairros de Engenho Velho de Brotas, Estrada das Barreiras, Alto da Terezinha e na sede do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em Nazaré, onde o quarto acusado se apresentou.
A ação é fruto de dois anos de investigações do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). Durante as ações conjuntas, também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos bairros onde ocorreram as prisões, na Fazenda Grande do Retiro e Nova Brasília.
De acordo com o secretário da Seap, José Castro, a pasta também irá apurar o caso internamente. “Já determinei a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar junto com o Ministério Público, visando apurar individualmente a conduta de cada envolvido”, afirmou.
Também participaram das ações equipes do Operações Prisionais (Geop), Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep) do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/Bahia) participam da Operação.
Jornal Correio da Bahia