O tesoureiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Luiz dos Santos Rocha, foi morto com tiros de fuzil na última terça-feira (12). Conhecido popularmente como “Luiz Conta Dinheiro”, o homem deixou uma vida regada a aventuras. Uma delas custou caro, já que após ser acuaso de desviar R$ 5 milhões do grupo, teve que comprar armas de fogo ilegal para a própria proteção.

A revelação ocorreu em depoimento à polícia, quando ele foi preso, anteriormente, há cinco anos. O desvio ocorreu na empresa de transporte coletivo Imperial, responsável por operar linhas de ônibus na zona leste da capital paulista, segundo informações do portal Metrópoles. Luiz estava na porta de casa, situada na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo.

A companhia, ainda, é suspeita de lavar dinheiro do tráfico de drogas comandado pelo PCC. À época, a vítima revelou que ganhava cerca de R$ 1.600 como funcionário da empresa, porém havia investido mais de R$ 40 mil na compra de um fuzil, uma pistola 9 milímetros e um revólver, de acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Queda

Ao ser preso, o agora ex-tesoureiro estava com armas e drogas dentro de casa. A esposa Paloma Herica Alves de Oliveira Rocha também foi flagrada no local. Além disso, a polícia encontrou no imóvel dez celulares e uma série de anotações relacionadas às finanças do PCC. 


Durante o período encarcerado, ele conseguiu a progressão para o regime semiaberto e o direito ao benefício da saída temporária. Porém, em junho de 2023, Luiz atrasou seu retorno ao Centro de Detenção Provisória (CDP) Belém I, na capital, quando alegou ter sido vítima de tentativa de homicídio.

O depoimento antecipou o que, de fato, ocorreu no primeiro dia de uma nova saidinha temporária, na última terça. A vítima chegava de carro em casa, quando foi executada.