Após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmar que “a indústria da multa vai deixar de existir no Brasil”, se referindo às regras vigentes no código de trânsito atual, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) voltou a rebater o comentário. Em um vídeo publicado no Instagram, nesta quarta-feira (05), o democrata comemorou a redução de 53,8% do número de vítimas fatais no trânsito em Salvador e atribuiu esta diminuição à intensa fiscalização e mudança de hábitos dos soteropolitanos.

“Milhares de vidas foram preservadas ao longo dos últimos anos. É claro que no momento que eu comemoro este resultado, eu não posso deixar aqui de fazer uma crítica e trazer a minha opinião, que seja construtiva, respeitando, é claro, as opiniões contrárias em relação a esse projeto que foi encaminhado pelo governo federal, que procura flexibilizar muito as regras em relação a disciplina e segurança do trânsito. Eu acho que a gente não pode dar passos pra trás. A gente tem que dar passos pra frente, na preservação da vida das pessoas no nosso país”, afirmou.

Nesta manhã, em Goiás, o militar reformado voltou a defender o projeto de lei entregue pelo governo federal à Câmara dos Deputados para alterar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). As mudanças propostas visam aumentar a validade da Carteira de Habilitação de 5 para 10 anos, aumento de 20 para 40 pontos o limite para perder a CNH e ainda o fim da multa para o motorista que for flagrado dirigindo com crianças sem o uso da cadeirinha.

“Apresentamos um projeto para fazer com que a Carteira Nacional de Habilitação passe sua validade de cinco para dez anos. Que o caminhoneiro que transporta aqui o que o Centro-Oeste produz não perca sua carteira com 20 pontos, e sim com 40 pontos. Por mim, eu botaria 60 [pontos], porque, afinal de contas, a indústria da multa vai deixar de existir no Brasil”, disse o presidente na ocasião.