Na próxima quarta-feira (30), uma sombra de descontentamento e preocupação pairará sobre diversos municípios do Brasil, especialmente com prefeitos do Nordeste, quando uma paralisação massiva está programada para ocorrer em protesto contra o que é visto como uma diminuição prejudicial nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O alvo dessa ação de protesto é o atual Governo Lula, juntamente com o Congresso, ambos responsáveis por decisões que impactaram diretamente as já combalidas finanças municipais.

O Maranhão, em particular, demonstrou uma adesão unânime a essa paralisação, de acordo com a Federação dos Municípios (FAMEM). Ivo Rezende, presidente da federação, não poupou palavras ao expressar a gravidade da situação: “Estamos em um momento crítico com os municípios prejudicados pela redução dos repasses do FPM. Esses recursos são vitais para áreas como saúde, educação e infraestrutura”.

Os números relativos a agosto de 2023 não deixam espaço para dúvidas sobre a crise em andamento: uma queda abrupta de 19,91% nos repasses do FPM em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Cesar Lima, um especialista em orçamento, tenta acalmar os ânimos, caracterizando essa queda como uma flutuação sazonal e insinuando uma recuperação em um futuro próximo, baseada na atual tendência.