O traficante Edmar da Silva Alves, conhecido como “Irmão Pureza”, de 35 anos, acusado de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), acordou de um jeito inesquecível na manhã da última sexta-feira (10), com policiais civis entrando no apartamento onde estava escondido em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

De acordo com o boletim de ocorrência, a ação foi resultado de uma investigação de seis meses, e o paradeiro de Irmão Pureza, condenado a mais de 18 anos de reclusão por tráfico de drogas, foi descoberto após buscas pelas cidades de Mongaguá, Cubatão e Praia Grande.

“Além de não exercer nenhuma ocupação lícita, reside em um prédio de luxo na cidade de Praia Grande, reservando-se suas saídas apenas no período da madrugada”, diz a ordem judicial para prendê-lo.
Foragido da Justiça, Pureza vivia em um apartamento de luxo, onde os agentes encontraram R$ 855 em espécie, sete celulares e joias. A polícia ainda apreendeu um veículo Hyundai Creta Ultimate e um Fiat Fastback Turbo 270, além de uma motoneta Honda PCX 150.

As investigações indicavam que o traficante estaria usando um nome falso, de “Lincoln Rodrigues de Souza”, e a Justiça já havia autorizado o bloqueio de R$ 40 mil das contas bancárias de Pureza por indícios de lavagem de dinheiro do PCC.

O traficante teve a prisão decretada no último sábado (11), após audiência de custódia.

Tráfico de Drogas

O crime de tráfico de drogas tem previsão legal no artigo 33 da Lei 11.343/2006, que descreve diversas condutas que caracterizam o ilícito.

São elas: importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Para o tráfico de drogas, a pena é de reclusão, de 5 a 15 anos, além do pagamento de multa.