Com a pandemia do novo coronavírus, as festividades juninas foram canceladas e o feriado de São João, originalmente no dia 24 de junho, foi antecipado para esta terça-feira, 26, por conta de um decreto estadual. Mas, se as tradicionais fábricas de licor temiam uma retração nas vendas neste ano, passaram a registrar resultados surpreendentes.

É o que aponta Sida Silva, esposa do gestor da fábrica de licor cachoeirense Roque Pinto, Rosivaldo Ferreira Pinto. Com aumento de aproximadamente 30% das vendas, Sida credita o ocorrido a dois fatores: pessoas que ficaram desempregadas durante a pandemia e encontraram na revenda de licor uma renda extra, e aqueles que não dispensam a tradição de tomar um licor no São João, mesmo em casa.

“Nos últimos 20 dias, tivemos um aumento absurdo de vendas e pessoas procurando, muito além do que esperávamos. Até mesmo algumas vendas já antecipadas, que a gente da Roque Pinto achou que seriam canceladas, foram mantidas”, destaca.

A jornalista e influenciadora digital Ana Letícia está no grupo de pessoas que procuraram pelo licor de Cachoeira para não passar o feriado do São João em branco. Para Ana, que mantém a página do Instagram Raposa Fit, neste momento é importante que se mantenha a tradição, mesmo respeitando o isolamento social e comemorando em casa.

“O São João é uma festa que reproduz a fé do nordestino e, além disso, é época de fartura. Então, mesmo que estejamos enfrentando um momento de crise, acredito que continuar comprando os alimentos e bebidas dessa festa movimenta a renda da nossa região e das pessoas que produzem”, salienta a influencer.

• Futuro do licor

Com os aprendizados das mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19 e para facilitar que pessoas de outras cidades tenham acesso ao licor, sem precisar aglomerar Cachoeira, Sida acredita que o próximo passo das indústrias da área será acrescentar pontos de distribuição da bebida em outros municípios baianos.

“Nós tínhamos um depósito que atendia a cidade de Salvador e, nesta pandemia, tivemos que acelerar a abertura do segundo, que estava previsto para mais tarde. No futuro, nosso plano é fazer o mesmo em outras cidades e espalhar o licor Roque Pinto com mais facilidade pela Bahia”, acrescenta.

Isso facilita que pessoas como Ana Letícia possam comprar o licor em sua cidade com um preço acessível. Ela sentiu dificuldade em encontrar o licor este ano na capital baiana, mas estranhou e se surpreendeu por não estar tão caro quanto imaginava.

“Comparado a outros anos achei difícil sim, encontrei em um posto de gasolina, na avenida Paralela. Mas até estranhei, porque o preço estava mais barato do que o imaginado”, finalizou a jornalista.

A Polícia Militar flagrou uma fábrica clandestina de fogos de artifícios nesta segunda-feira (25), no município de Cruz das Almas (154 KM de Salvador). No local, quatro homens foram presos pela produção ilegal do produto e não resistiram a ação policial.

Ao todo a corporação apreendeu 118 espadas prontas, 401 bambus vazios, dez socadores de ferro, sete macetes e a mesma quantidade de sacos de pólvora, além de serras, pilões, um saco de enxofre, máquina para sisal e uma balança.

Os suspeitos estão na Delegacia Territorial (DT) de Santo Antônio de Jesus, um deles, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) possuía registro por homicídio culposo.

Fonte: A Tarde